quinta-feira, 14 de setembro de 2006
Então eu virei até você...
Enquanto eu viajava tanto...
Eu sempre mantive um lugar pra você em meu coração...
Se você pensa em mim...
Se você sente falta, uma vezinha...
Eu voltarei pra você...
Eu voltarei e preencherei esse espaço no seu coração...
Lembrando...
Seu toque...
Seu beijo...
Seu abraço quente...
Eu acharei meu caminho até você...
Se você estiver esperando...
Se você sonha comigo, como eu sonho contigo...
Num lugar quente e escuro...
Num lugar onde eu posso sentir as batidas do seu coração...
Juntos novamente...
Eu me sentirei tão bem...
Nos seus braços...
Onde todas as minhas viagens terminam...
Se você puder prometer que isso você pode manter...
Eu voltarei...
Se você esperar e disser...
Que tem um lugar pra mim, no seu coração...
B. e P.
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
Se por acaso a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso de noite uma farra
a gente ia viver com garra
eu ia tirar de ouvido todos os sentidos
ia ser tão divertido tocar um solo em dueto
ia ser um riso ia ser um gozo
ia ser todo dia a mesma folia
até deixar de ser poesia e virar tédio
e nem o meu melhor vestido era remédio
daí
vá ficando por aí
eu vou ficando por aqui
evitando
desviando sempre
pensando
se por acaso a gente se cruzasse...
Alice Ruiz
terça-feira, 5 de setembro de 2006
Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho
O resto é o mar
É tudo que eu nem sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho a brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da Segunda, o cais, a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver.
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho
O resto é o mar
É tudo que eu nem sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho a brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da Segunda, o cais, a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver.
Tom Jobim
Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
Pablo Neruda
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa cravos.
Pablo Neruda
Lembranças
Não são tão poucas que não as sinta
Nem tantas que me machuquem
Não são tão escassas que não me caibam
Nem tão abudantes que me satisfaçam
São na medida desmedida
Antigas feridas
Belas felicitas
Abertas dentro de mim
Apertam de dentro de mim
Baú repleto de um pouco de tudo
que me contém
um pouco dos poucos que me têm...
Autor Desconhecido
Deixa que eu te toque
Com um só acorde de guitarra
Deixa que eu te componha nas minhas letras
E os meus dedos percorram a pauta da nossa música
Com uma só voz
com uma só vontade
Deixa que eu cante sussurrando
A melodia mais bela de amor
E te veja dançando nas minhas mãos
Deixa que eu te ouça
Com uma só nota musical
E te agarre,
te envolva e
te toque
Com um só toque
com o acorde da minha guitarra.
Com um só acorde de guitarra
Deixa que eu te componha nas minhas letras
E os meus dedos percorram a pauta da nossa música
Com uma só voz
com uma só vontade
Deixa que eu cante sussurrando
A melodia mais bela de amor
E te veja dançando nas minhas mãos
Deixa que eu te ouça
Com uma só nota musical
E te agarre,
te envolva e
te toque
Com um só toque
com o acorde da minha guitarra.
Vera Jesus
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
De toda mulher
Mas é o que mais se quer
Procuram no invisível
O olhar mais claro
Para ver o que se quer
E assim a imaginação ganha asas
E pudores passam a ser sensuais
Cuidados, erotismos
Cada um vê o que quer
Imagina o que deseja
Deseja o que imagina
Mas no final, só eu sei quem sou afinal.
Patrícia Gomes
Jardim do Abraço
Pincelada de paixão
Misturada ao aroma de flores
Jasmim, cravo, rosa, lírio, margaridas
Que surgem ao ultrapassar a fronteira do abraço.
Murmúrios voam em bandos
Tangido no tecido pele,
Buscando em cada ecomatizado de arco-íris
O som de rouxinóis.
Brotando o amarelo malva em luz rubra
Do fogo ardente do abraço
Brotam girassóis.
Sou quem sou,
simplesmente mulher,
não fujo, nem nego,
Corro risco, atropelo perigo,
avanço sinal, ignoro avisos.
Procuro viver,
sem medo, sem dor, com calor, aconchego,
Supro carências, rego desejos,
desabrocho em risos.
Matéria cobiçada
na tez macia, no calor ardente.
Alma pura, envolta em completa fissura.
Sem frescuras!
Encontro prazer na forma completa,
repleta, latente.
Meretriz sem pudor,
mulher no ponto, uva madura!
Sou quadro abstrato,
me entrego no ato à paixão que aflora.
Sou enigma permanente, sem ponto final,
sem continências,
Sou mulher tão somente, vivendo o momento,
sorvendo as horas.
Sou pétala recolhida,
sem forma, sem cor, completa em essência.
Exalo a esperança, transpiro vontades.
Não me tenhas senhora.
Sou mulher insolúvel, nada volúvel.
Vivo a vida em reticências...
Ângela Bretas
domingo, 3 de setembro de 2006
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Cecíclia Meireles
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Cecíclia Meireles
sábado, 2 de setembro de 2006
Vem cá, meu gato, aqui no meu regaço;
Guarda essas garras devagar,
E nos teus belos olhos de ágata e aço
Deixa-me aos poucos mergulhar.
Quando meus dedos cobrem de carícias
Tua cabeça e o dócil torso,
E minha mão se embriaga nas delícias
De afagar-te o elétrico dorso,
Em sonho a vejo. Seu olhar,
profundo
Como o teu, amável felino,
Qual dardo dilacera e fere fundo,
E, dos pés a cabeca, um fino
Ar sutil, um perfume que envenena
Envolvem-lhe a carne morena.
Charles Baudelaire
Guarda essas garras devagar,
E nos teus belos olhos de ágata e aço
Deixa-me aos poucos mergulhar.
Quando meus dedos cobrem de carícias
Tua cabeça e o dócil torso,
E minha mão se embriaga nas delícias
De afagar-te o elétrico dorso,
Em sonho a vejo. Seu olhar,
profundo
Como o teu, amável felino,
Qual dardo dilacera e fere fundo,
E, dos pés a cabeca, um fino
Ar sutil, um perfume que envenena
Envolvem-lhe a carne morena.
Charles Baudelaire
Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em um cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é,
iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela,
isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara
e declama um poema: Para guardá-lo: Para que ele, por sua vez,
guarde o que guarda: Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso se escreve um poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
Antonio Cícero
sexta-feira, 1 de setembro de 2006
O último poema
Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples
e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem
os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Manuel Bandeira
instintos e desejos outros;
é ver o mundo com olhos, com música no sangue, uma altivez selvagem,
a alegria misturada com lágrimas; a tristeza, a vida e o amor desconfiados;
é evitar a rotina e a norma que castram;
é, graças ao canto, embriagar-se de vinho e de beijos;
é transformar a vida em uma arte cheia de capricho e de liberdade;
é recusar o jugo da mediocridade;
é tudo apostar num único lance; é saborear, se dar, experimentar.
É viver.
Isso é Tudo."
Chá de Rosas
“É preciso que haja alguma coisa
alimentando meu povo
uma vontade
uma certeza
uma qualquer esperança.
É preciso que alguma coisa atraia
a vida
ou tudo será posto de lado
e na procura da vida
a morte virá na frente
e abrirá caminhos.
É preciso que haja algum respeito,
ao menos um esboço
ou a dignidade humana se afirmará
a machadadas”.
Torquato Neto
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