quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Lição de Vida
A gente carece de fingir às vezes que raiva tem
Mas raiva mesma nunca se deve de tolerar ter
Porque, quando se curte raiva de alguém
É a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa
Passe durante o tempo governando a idéia e o sentir da gente
Guimarães Rosa
Mas raiva mesma nunca se deve de tolerar ter
Porque, quando se curte raiva de alguém
É a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa
Passe durante o tempo governando a idéia e o sentir da gente
Guimarães Rosa
Aprendendo
Tem coisas que Deus dá para a gente aprender
E tem coisas que Deus só dá quando a gente aprende
Stefano Cavalcante
E tem coisas que Deus só dá quando a gente aprende
Stefano Cavalcante
Se...
Não sei se estou perto ou longe demais, se peguei o rumo certo ou errado
Sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente
Já não caminho mais sozinha, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição
Sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente
Já não caminho mais sozinha, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição
E, mesmo que tudo não ande da forma que eu gostaria
Saber que já não sou a mesma de ontem me faz perceber que valeu a pena
Marcia Duarte
Saber que já não sou a mesma de ontem me faz perceber que valeu a pena
Marcia Duarte
Anormais
Aos que de alguma forma, vendem sonhos, por meio de sua inteligência, crítica, sensibilidade, generosidade, amabilidade. Os vendedores de sonhos, são freqüentemente estranhos no ninho social. São anormais. Pois o normal é chafurdar na lama do individualismo, do egocentrismo, do personalismo. Aos que acreditam em sonhos, o seu legado será inesquecível.
Augusto Cury
Augusto Cury
Impulsiva
Não insista também em inventar pré-conceitos para mim, em me julgar sem me conhecer
Puxa, nem eu sei como eu sou. Tente me conhecer primeiro, ou melhor, desista
Esqueci de contar que, além de tudo, você nunca vai saber que ação ou reação esperar de
=
mim Sou levemente imprevisível
Marcia Duarte
Marcia Duarte
Por mim...
Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia
O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse
Mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo
O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha ante
O amor tirou de mim tudo que era falta
Marla de Queiroz
No controle
Uma das mais saborosas sensações de liberdade que eu conheço é flagrar meu coração feliz sem precisar de nenhum motivo aparente. De vez em quando, a mente, que tantas vezes mente, me permite lembrar que essa felicidade essencial está o tempo todo disponível, preservada, por trás das nuvens que a negatividade infla.
Ana Jácomo
Então, rio e me sinto mar
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Poema de Natal
Se quisermos festejar o Natal
De modo cristão, deve existir
Em nós mesmos, um Pastor e um Rei
Um Pastor que ouve o que outras
Pessoas não ouvem, e que
Com todas as formas de dedicação
Mora logo abaixo do céu estrelado
E esse Pastor
Anjos anseiam por revelar-se
E um Rei que distribui dádivas
Que não se deixa guiar por nada mais
A não ser pela estrela das alturas
E que se põe a caminho
Para ofertar suas dádivas
Ao pé de uma manjedoura
Mas além do Pastor e do Rei
Deve existir em nós também uma criança
Que quer nascer agora
Rudolf Steiner
Infância (retrospectiva)
Quando eu era pequenina e espiava o mundo pelas grades do portão, via sempre um véinho passando, gritando:
- Ói algodão!
Um dia, resolvi sair e pegar a fila das crianças. Fiquei esperando o véinho transformar açúcar em nuvens, açúcar em mágica, em pedaços de carinho. Quando ficou pronto, mal podia acreditar! Peguei o algodão nos dedos e perna-pra-te-catar!
Lá de longe, o véinho gritou:
- Ô, o dinheeeeeeiro?
Eu virei e respondi:
- Não, vô! Num picisa de dinheiro, não! Só o algodão-doce já tá ótimo! Só o algodão-doce tá bão!
O véinho deu risada e logo respondeu:
- É mesmo, né ? Só o algodão-doce já tá ótimo! Só o algodão-doce tá bão! "
Rita Apoena
- Ói algodão!
Um dia, resolvi sair e pegar a fila das crianças. Fiquei esperando o véinho transformar açúcar em nuvens, açúcar em mágica, em pedaços de carinho. Quando ficou pronto, mal podia acreditar! Peguei o algodão nos dedos e perna-pra-te-catar!
Lá de longe, o véinho gritou:
- Ô, o dinheeeeeeiro?
Eu virei e respondi:
- Não, vô! Num picisa de dinheiro, não! Só o algodão-doce já tá ótimo! Só o algodão-doce tá bão!
O véinho deu risada e logo respondeu:
- É mesmo, né ? Só o algodão-doce já tá ótimo! Só o algodão-doce tá bão! "
Rita Apoena
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Ismália (retrospectiva)
Quando Ismália enlouqueceu
Pôs-se na torres a sonhar
Viu a lua no céu
Viu a lua no mar
No sonho em que se perdeu
Banhou-se toda em luar
Queria subir ao céu
Queria descer ao mar
E no desvario seu
Na torre pôs-se a cantar
Estava perto do céu
Estava longe do mar
E como anjo pendeu
As asas para voar
Queria a lua do céu
Queria a lua do mar
As asas que Deus lhe deu
Rufaram de par em par
Sua alma subiu ao céu
Seu corpo desceu ao mar
Alphonsus de Guimarães
Pôs-se na torres a sonhar
Viu a lua no céu
Viu a lua no mar
No sonho em que se perdeu
Banhou-se toda em luar
Queria subir ao céu
Queria descer ao mar
E no desvario seu
Na torre pôs-se a cantar
Estava perto do céu
Estava longe do mar
E como anjo pendeu
As asas para voar
Queria a lua do céu
Queria a lua do mar
As asas que Deus lhe deu
Rufaram de par em par
Sua alma subiu ao céu
Seu corpo desceu ao mar
Alphonsus de Guimarães
Amor (retrospectiva)
Era uma vez um camponês feio
Que se tinha apaixonado
Por uma princesa linda
Um dia a princesa - vá lá saber-se porquê
Deu um beijo no camponês feio
E, magicamente, este transformou-se
Num príncipe esbelto e ataviado
(Pelo menos era assim que ela o via)
(Pelo menos era assim que ele se sentia)
Jorge Bucay
Que se tinha apaixonado
Por uma princesa linda
Um dia a princesa - vá lá saber-se porquê
Deu um beijo no camponês feio
E, magicamente, este transformou-se
Num príncipe esbelto e ataviado
(Pelo menos era assim que ela o via)
(Pelo menos era assim que ele se sentia)
Jorge Bucay
Retrospectiva...
-Menina do Jardim, é o teu nome?
- Sim. Eu sou a Menina do Jardim.
- Por quê Menina do Jardim?
- Porque tenho um jardim de várias flores, margaridas, violetas, rosas ...
- Hmmm?... Pelo que me parece é muito bom ter um jardim com várias flores. Não é?
- Bom sim, mas sabe? Ainda hoje eu tento de todas as formas por meio dessas novas e lindas flores amenizar a saudade da minha Flor Primeira.
- O que houve com ela?
- Quis protegê-la demais.
- (Silêncio.)
- Eu tinha uma flor única. Mas tinha tanto medo de perdê-la, que ela se foi!... E por ter tanto medo que isso acontecesse, quis protegê-la, quis ficar com ela só para mim, e a tirei do contato com o Sol, do vento, do contato com outras flores.
Ela adoeceu, murchou...
- Hmmm, entendo... mas a mim parece que o bom de ter um jardim, é que podemos a cada dia termos novas flores, ver nascer outra, e outra; por mais que flores lindas murchem e se vão, há sempre a oportunidade de vermos nascer outras: basta cuidarmos de todas de forma igual.
- Não. Cada flor que nasce em um jardim é única. E a flor que vem a seguir, nunca é igual a anterior.Eu queria aquela: aquela era a minha Flor Primeira.
- (Silêncio).
- E agora, o que vais fazer?
- Vou continuar a cuidar de todas as flores variadas do meu Jardim, e manter sempre viva a esperança de que terra seja bondosa comigo e me permita ver em uma manhã de Sol minha pequena Flor Primeira brotar e resurgir.
- Sim. Eu sou a Menina do Jardim.
- Por quê Menina do Jardim?
- Porque tenho um jardim de várias flores, margaridas, violetas, rosas ...
- Hmmm?... Pelo que me parece é muito bom ter um jardim com várias flores. Não é?
- Bom sim, mas sabe? Ainda hoje eu tento de todas as formas por meio dessas novas e lindas flores amenizar a saudade da minha Flor Primeira.
- O que houve com ela?
- Quis protegê-la demais.
- (Silêncio.)
- Eu tinha uma flor única. Mas tinha tanto medo de perdê-la, que ela se foi!... E por ter tanto medo que isso acontecesse, quis protegê-la, quis ficar com ela só para mim, e a tirei do contato com o Sol, do vento, do contato com outras flores.
Ela adoeceu, murchou...
- Hmmm, entendo... mas a mim parece que o bom de ter um jardim, é que podemos a cada dia termos novas flores, ver nascer outra, e outra; por mais que flores lindas murchem e se vão, há sempre a oportunidade de vermos nascer outras: basta cuidarmos de todas de forma igual.
- Não. Cada flor que nasce em um jardim é única. E a flor que vem a seguir, nunca é igual a anterior.Eu queria aquela: aquela era a minha Flor Primeira.
- (Silêncio).
- E agora, o que vais fazer?
- Vou continuar a cuidar de todas as flores variadas do meu Jardim, e manter sempre viva a esperança de que terra seja bondosa comigo e me permita ver em uma manhã de Sol minha pequena Flor Primeira brotar e resurgir.
Retrospectiva
Quando perguntaram a Joaninha o que é que ela queria ser quando fosse grande ela não hesitou:
- Quando for grande quero ser maçã!
Disse aquilo com tanta convicção que a mãe se assustou:
- Maçã? A maior parte das crianças quer ser: astronauta, médica, corredor de automóveis, futebolista, cantor, presidente, mas maçã? Joaninha, meu amor, maçã porquê?
A pequena encolheu os ombos: são tão lindas.
Passaram-se os anos e a mãe pensou que ela se tinha esquecido daquilo. Mas não. No dia em que entrou para a escola a professora fez a todos os meninos a mesma pergunta:
- Ora vamos lá a saber o que é que vocês querem ser quando forem grandes...Astronauta. Piloto de Fórmula . Cantora. Futebolista. Médica. Modelo. Atriz. E tu, Joaninha?
- Eu quero ser maçã!
Risos. Os outros meninos começaram a fazer troça dela:
- Maçã raineta! Maçã raineta!...- Se a Joaninha pode ser uma maçã, eu quero ser um avião...
Ela nem fazia caso. Quando crescesse havia de ser uma maçã, sim, uma maçã luminosa, tão perfumada como uma manhã de primavera.
Poucas vezes, porém, conseguimos cumprir os nossos sonhos. Joaninha transformou-se numa mulher bonita, estudou, e fez-se professora. Era uma boa professora. Só quem conseguisse olhar para dentro dela poderia saber que, bem lá no fundo do seu coração, a Joaninha sentia ainda aquela grande vontade de se tornar maçã. O tempo passou - o tempo, aliás, está sempre a passar, nós é que nem sempre damos pela sua passagem. O tempo passou, portanto, e Joaninha envelheceu.Foi numa tarde de Outono. As árvores tinham perdido as suas folhas. O sol, cansado, com aquela cor macia que tem o mel, desaparecia no horizonte. Joaninha estava a dormir, sentada numa cadeira de baloiço, na varanda da sua casa, quando apareceu um anjo e a levou. Ela não percebeu logo onde estava. Foi preciso que Deus lhe tocasse nos ombros com a ponta dos dedos:
- Acorda, filhinha - disse-lhe Deus -, já chegaste.
Joaninha abriu os olhos e viu o que já antes via com os olhos fechados: os anjos passeando num grande jardim, os peixes flutuando no ar, juntamente com os pássaros, e aquele velho de barbas brancas, ao seu lado, sorrindo como só Deus sabe sorrir.
- Meu Deus - perguntou-lhe - porque não me deixaste ser maçã?
- Ser maçã é difícil, Joaninha - disse-lhe Deus. - É preciso crescer muito para ser uma boa maçã. Tu cresceste. Agora, sim, serás maçã.
Alguns meses depois um menino descobriu no pomar da casa dos seus avós uma maçã de um brilho intenso. Cheirou-a: cheirava a manhãs lavadas, cheirava a primavera, era um cheiro que se colava aos dedos. O menino comeu a maçã e sentiu-se feliz. Naquela tarde disse à avó:
- Sabes, acho que quando for grande quero ser maçã!
- Quando for grande quero ser maçã!
Disse aquilo com tanta convicção que a mãe se assustou:
- Maçã? A maior parte das crianças quer ser: astronauta, médica, corredor de automóveis, futebolista, cantor, presidente, mas maçã? Joaninha, meu amor, maçã porquê?
A pequena encolheu os ombos: são tão lindas.
Passaram-se os anos e a mãe pensou que ela se tinha esquecido daquilo. Mas não. No dia em que entrou para a escola a professora fez a todos os meninos a mesma pergunta:
- Ora vamos lá a saber o que é que vocês querem ser quando forem grandes...Astronauta. Piloto de Fórmula . Cantora. Futebolista. Médica. Modelo. Atriz. E tu, Joaninha?
- Eu quero ser maçã!
Risos. Os outros meninos começaram a fazer troça dela:
- Maçã raineta! Maçã raineta!...- Se a Joaninha pode ser uma maçã, eu quero ser um avião...
Ela nem fazia caso. Quando crescesse havia de ser uma maçã, sim, uma maçã luminosa, tão perfumada como uma manhã de primavera.
Poucas vezes, porém, conseguimos cumprir os nossos sonhos. Joaninha transformou-se numa mulher bonita, estudou, e fez-se professora. Era uma boa professora. Só quem conseguisse olhar para dentro dela poderia saber que, bem lá no fundo do seu coração, a Joaninha sentia ainda aquela grande vontade de se tornar maçã. O tempo passou - o tempo, aliás, está sempre a passar, nós é que nem sempre damos pela sua passagem. O tempo passou, portanto, e Joaninha envelheceu.Foi numa tarde de Outono. As árvores tinham perdido as suas folhas. O sol, cansado, com aquela cor macia que tem o mel, desaparecia no horizonte. Joaninha estava a dormir, sentada numa cadeira de baloiço, na varanda da sua casa, quando apareceu um anjo e a levou. Ela não percebeu logo onde estava. Foi preciso que Deus lhe tocasse nos ombros com a ponta dos dedos:
- Acorda, filhinha - disse-lhe Deus -, já chegaste.
Joaninha abriu os olhos e viu o que já antes via com os olhos fechados: os anjos passeando num grande jardim, os peixes flutuando no ar, juntamente com os pássaros, e aquele velho de barbas brancas, ao seu lado, sorrindo como só Deus sabe sorrir.
- Meu Deus - perguntou-lhe - porque não me deixaste ser maçã?
- Ser maçã é difícil, Joaninha - disse-lhe Deus. - É preciso crescer muito para ser uma boa maçã. Tu cresceste. Agora, sim, serás maçã.
Alguns meses depois um menino descobriu no pomar da casa dos seus avós uma maçã de um brilho intenso. Cheirou-a: cheirava a manhãs lavadas, cheirava a primavera, era um cheiro que se colava aos dedos. O menino comeu a maçã e sentiu-se feliz. Naquela tarde disse à avó:
- Sabes, acho que quando for grande quero ser maçã!
José Eduardo Agualusa
E um tanto de coisa não mudou...
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Ele disse...
Se não for hoje, um dia será
Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam
A gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo
Caio Fernando Abreu
Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam
A gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo
Caio Fernando Abreu
Medicina Universal
Bom viver sem esperar muito dos outros
Traçar os próprios caminhos e escrever a própria história
Não sou mais obrigada a ser perfeita
Apesar das minhas falhas, estou apaixonada por mim
Augusto Cury
Traçar os próprios caminhos e escrever a própria história
Não sou mais obrigada a ser perfeita
Apesar das minhas falhas, estou apaixonada por mim
Augusto Cury
domingo, 19 de dezembro de 2010
Caminho
Viu uma estradinha boba e sentiu que era por ali
Também acreditou. E foi caminhando pela estradinha boba
Em direção àquilo em que acreditava.
Caio Fernando Abreu
Também acreditou. E foi caminhando pela estradinha boba
Em direção àquilo em que acreditava.
Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Permitido
Atiram a gente nesse mundo
Nosso coração sente um monte de coisa desordenada
Nosso cérebro pensa um monte de absurdo
E a gente ainda precisa ser superequilibrada para ganhar alguma coisa da vida
Como se só por estar aqui, aturando tanta maluquice
A gente já não devesse ganhar aí um desconto para também ser louco de vez em quando
-
-
Tati Bernardi
Nudez
Em verdade vos digo que chegará
O dia em que a nudez dos olhos será
Mais excitante do que a nudez do sexo
Lygia Fagundes Telles
O dia em que a nudez dos olhos será
Mais excitante do que a nudez do sexo
Lygia Fagundes Telles
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Palavra
Como se fosse na palavra a rosa brava acontecia
E era Dezembro que floria
Era um vulcão
E no teu corpo a flor e a lava
E era na lava a rosa e a palavra
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia
Manuel Alegre
E era Dezembro que floria
Era um vulcão
E no teu corpo a flor e a lava
E era na lava a rosa e a palavra
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia
Manuel Alegre
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Do chão
Do chão sabemos que se levantam as searas e as árvores
Levantam-se os animais que correm os campos ou voam por cima deles
Levantam-se os homens e suas esperanças
Levantam-se os animais que correm os campos ou voam por cima deles
Levantam-se os homens e suas esperanças
José Saramago
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Poeta
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
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Pelos mesmos caminhos de Kisstina
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