terça-feira, 4 de julho de 2006

Oh ! aquele menininho que dizia
"Fessora, eu posso ir lá fora?"

mas apenas ficava um momento bebendo o vento azul ...

Agora não preciso pedir licença a ninguém.

Mesmo porque não existe paisagem lá fora:
somente cimento.

O vento não mais lhe fareja a face como um cão amigo ...

Mais o azul irreversível persiste em seus olhos.

Mário Quintana

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