sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Começo agora a sentir.
A sentir-te, num toque de lábios.
Sinto-te perto de mim, com teus pequenos passos,
escorregadios, a acariciar-me a face, corpo.
Os teus toques, apesar de gélidos, esquentam-me o corpo inteiro,
fazendo-me queimar, de ternura.
E num simples tocar,
derreto-me,
perco-me,
distraio-me.
E tu continuas a tocar-me, escorrendo-me pelo corpo,
fazendo-me cócegas, excitantes.
Até que tu vais, sem nem deixar-me saber quem tu és.
Mas, agora, percebendo e sentindo, o mais íntimo dos teus toques,
começo a saber. É como se fosse,
e é... o Orvalho!
Rodrigo Carvalho

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