Nó
Estou perdidamente emaranhada em seus fios de delícias e doçuras.
Já não encontro o começo da meada,
não sei nem mesmo se há uma ponta de saída, ou
se a loucura vai num ritmo crescente até subjugar a minha vida.
Não importa.
Quero seus nós de seda cada vez mais cegos e apertados
a me costurar nas malhas e nos pêlos.
Enquanto você me amarra, permanece atado
na própria trama redonda do novelo.
Flora Figueiredo
Sem comentários:
Enviar um comentário