quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007


Os teus poemas pulsam-me nas

veias...

Os teus poemas enchem-me os sentidos...


Amanheci sonhando odores vagos,

anoiteci vazia, já sem vida...

Brotei dessas reservas, incontida,

com bálsamos no corpo e vagas

feridas

das lutas que travei para não correr

atrás da vida que levas contigo...


Nas tuas mãos de pétalas brisadas

teu coração, espelho dos meus dias

cinzentos, inconfessos, malparados,

de humanidade mal realizada,

correndo atrás de feitos incompletos

que se espalmam em lágrimas

frustradas...


A poesia é tua, não é minha,

porque os meus versos, esses, são

palavras...


Rosa Teixeira Bastos

do livro

"Poder das Luas"

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