terça-feira, 20 de março de 2007

Algumas vezes não percebo como se passam as coisas fora de mim,
penso que elas têm um único foco: o meu.
E que transitam, sem eira nem beira,
pelos meus sentidos, e só por eles.
Mas há mais, muito mais que isso que eu vejo, que sinto.
Mais,
assim: como a formação dos rochedos,
que se moldam com a língua enfurecida do vento, ou
a mão doce do mesmo
As pequenas chuvas ou as tempestades de um tempo ruim,
ou ainda os rabiscos infantis sobre a areia.
Um mundo tão simples e ao mesmo tempo tão complexo,
que faz ter importância a fantasia de um breve momento,
em que me deixo envolver.
Despertando-me sentimentos,
que me lembram o vento, a chuva e a tempestade
E mesmo assim teimo em não recuar.
E não recuei nem um milímetro,
no tempo que me era permitido.

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