domingo, 27 de abril de 2008

Desejos


Ando com desejos estranhos.Não são desejos de frutas fora de época,
nem tão pouco o de misturar o amargo do jiló com o irritante gosto do mel
que quando se começa a comer não se quer parar mais.
Os desejos que tenho agora são de paz, de tranqüilidade, de silêncio.
Quero calar o que me fala por dentro, quero sedar e fazer dormir esse coração que teima em não obedecer ao pedido de fique quieto.
Desejo de doçura das palavras sendo ditas baixinhas e de forma tão doce quanto o mel que não me é necessário ao paladar mas que me faz tanta falta aos ouvidos e aos olhos.
Ando com desejo do nada e de coisas infinitas.
Desejo aroma de lembranças e lembrar de cores e perfumes.
Desejo de sonhos noturnos que fazem o dia ficar com a leveza do sono bem dormido.
Desejo de dormir e não sonhar com nada e quando acordar começar um sonho de olhos abertos.
Desejo de rabiscar uma folha em branco segurando o lápis imitando os movimentos de quem entende, e ao olhar os riscos acreditar que foi obra de psicografia do senhor da arte.
Desejo de escrever sobre os meus desejos e acreditar que ao terminar todos eles tornar -se-ão de fato.
Desejo de delicadeza e gentileza nas palavras.
Desejo de exclamação e até mesmo de interrogação para ter fim nas reticências.
Desejo de saber educar os meus desejos para que saibam receber um não sem perder a educação.
Desejo de desejar sempre!!

Projeções


Quem é que já não se viu pensando como Caio Fernando Abreu quando escreveu esse texto.
Mas de quem será a culpa (se é que há culpados).
De quem criou expectativas demais ou quem simplesmente se mostra como de fato é?
Acho que a culpa é de quem pinta colorido demais o que na verdade é em preto e branco, e pra dizer a verdade eu adoro o preto e branco, pelo menos na fotografia.


"...
Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você
ou apenas aquilo que eu queria ver em você,
eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia,
e se era assim,
até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que,
no fundo,
sempre no fundo,
talvez nem fossem suas, mas minhas,
e pensava que amar era só conseguir ver,
e desamar era não mais conseguir ver, entende?
..."


Caio Fernando Abreu

O que só reforça a idéia de que é melhor ter uma grande amizade do que uma pequena história de amor que termina com os dois sem poder olhar-se.
Já que não pode ser colorido, então que seja doce, e se não puder ser doce que ao menos não seja amargo.

=

terça-feira, 15 de abril de 2008

Encontro


(...)
Eu nunca deixo de procurar você.
Eu nunca deixo de acreditar que você exista,
e eu nunca deixo de acreditar que você
faz o mesmo a minha espera.



Tati Bernardi

Palavras de um doce Olhar


Hei menino!
Sem que você percebesse, te olhei, te admirei sem nada esperar.
Meus pensamentos ficaram em seu olhar.
Bateu um arrepio.
A sombra de um sentimento me cobriu.
Você conseguiu transformar os meus dias em alegria,
Minhas lágrimas em sorrisos, minha angústia em esperança.
Você mudou meus sentimentos.
Eu não queria amar de novo, mas você apareceu demonstrando tanto afeto,
Provando a cada dia que na vida há fases,
Fases de lágrimas e de sorrisos,
E que o remédio para se curar é o amor.
O que é Amar?
É querer ter alguém do lado.
É ficar feliz com um simples sorriso.
Querer que o tempo pare.
Fazer de um simples gesto uma declaração.
Chorar de Saudade.
Acreditar na Felicidade.
Sim!!!
Amar é ser feliz.
Ninguém consegue entender o amor,
É um sentimento sem limites, sem razões, sem alternativas.
Não escolhe tempo e nem espaço para surgir.
É espontâneo.
Faz com que os pensamentos tomem conta de seu ser,
Te deixa com os olhos arregalados
Por não entender como isso foi acontecer.
E quando o amor passa de sonhos para realidade, é como se seu ser ganhasse asas,
E você conseguisse voar pra qualquer lugar do Universo ...


Olhar Feminino

sábado, 12 de abril de 2008

Kiss Me

Bom...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

As pedras e os seus poderes


Esse elemento que a Natureza nos dá, para que usemos em nosso favor
são ótimas na energização, para o equilíbrio dos chakras, que são as ondas de energia que nosso corpo produz, acalma, ajuda na circulação, fazem a transformação das energias negativas em positivas.

A pele é um grande órgão sensorial e é pela pele que nosso corpo captura e armazena
energia retiradas das pedras.

O contato com esse elemento não só está ligado a cura e a tranqüilidade mas também o poder de limpeza.
Quando aquecida tem a capacidade de rapidamente alcançar ponto de carência do nosso corpo e organismo,
e é muito usada em tratamentos de beleza.
E por manter por mais tempo o calor, proporciona um tratamento sem o manejo constante de outras mãos. Mãos que também repassam e retiram energia do corpo, por isso a importância de ter sempre uma pessoa com boas energias no acompanhamento do tratamento com pedras e os tratamentos com maior contato físico.
O contato físico não é só corpo mas também energias.
Mineral precioso, e não só pela sua raridade ou valor estipulado pelo homem,
precioso por ser uma rica fonte e renovação de energia,
precioso por ser mais um dos elementos que a Natureza nos proporciona.

sábado, 5 de abril de 2008

Quem matou o Amor?

Houve uma vez na estória do mundo, um dia terrível em que o Ódio,
o rei dos maus sentimentos, dos defeitos e das más virtudes convocou uma reunião
com todos seus súditos.
Todos os sentimentos escuros do mundo e os desejos mais perversos do coração humano chegara a esta reunião com muita curiosidade. Todos queriam saber qual o motivo de tanta urgência.
Quando todos já estavam lá, falou o Ódio:

- Os reuni aqui porque desejo com todas as minhas forças matar alguém.

Ninguém estranhou muito, pois era o Ódio quem estava falando e ele sempre
queria matar alguém. Mas perguntaram-se: quem seria tão difícil matar que
o Ódio necessitaria da ajuda de todos.

- Quero matar o “Amor” ! disse o Ódio.

Muitos sorriram com maldade, pois mais de um ali tinha a mesma vontade.
O primeiro voluntário foi o Mau Caráter:

- Eu irei e podem ter certeza que em um ano o Amor terá morrido.
Provocarei tal discórdia e raiva que não vai suportar.

Depois de um ano se reuniram outra vez e ao escutar o relato do Mau Caráter ficaram decepcionados.

- Eu sinto muito. Bem que tentei de tudo, mas cada vez que eu semeava a discórdia,
o Amor superava e seguia seu caminho.

Foi erntão que, muito rapidamente, ofereceu-se a Ambição para executar a tarefa.
Fazendo alarde de seu poder disse:

- Já que Mal Caráter fracassou, irei eu.
Desviarei a atenção do Amor, com o desejo por riqueza e pelo poder.
Isso ele nunca irá ignorar.

E começou a Ambição o ataque contra sua vítima.
Efetivamente, o Amor caiu ferido. Mas, depois de lutar arduamente,
curou-se.Renunciou a todo desejo exagerado de poder e triunfo.

Furioso com o novo fracasso, o Ódio enviou o Ciúmes.
Estes bufões perversos inventaram todo tipo de artimanhas e situações para confundir o Amor. Machucaram-no com dúvidas e suspeitas infundadas.
Porém, mesmo confuso, o Amor chorou e pensou que não queria morrer.
Com valentia e força se impôs sobre eles e os venceu.

Ano após ano, o Ódio seguiu em sua luta, enviando a Frieza, o Egoísmo, a Pobreza, a Enfermidade e muitos outros. Todos fracassavam sempre.
O Ódio convencido de que o Amor era invencível, disse isso aos demais:

- Nada pudemos fazer. O Amor suportou tudo. Levamos muitos anos insistindo e não conseguimos.
De repente de um cantinho do auditório se levantou um sentimento pouco conhecido e que se vestia todo de preto. Com um chapéu gigante, ele mantinha o rosto coberto. Seu aspecto era fúnebre como o da Morte.

- Eu matarei o Amor – disse com segurança.

Todos se perguntavam quem era esse pretensioso que sozinho,
pretendia fazer o que nenhum deles havia conseguido.

O Ódio ordenou:


- Vá e faça.

Havia passado pouco tempo, quando o Ódio voltou a convocar a todos para comunicar que finalmente o Amor havia morrido.
Todos estavam felizes mas também surpresos. E o sentimento do chapéu preto falou:


- Aqui eu os entrego o Amor totalmente morto.

E sem dizer mais palavra, encaminhou-se para a saída.

- Espera! – determinou o Ódio, dizendo:


- Em tão pouco tempo você o eliminou completamente, deixando-o desesperado e por isso mesmo não fez o menor esforço para viver! Quem é você afinal???


O sentimento pela primeira vez levantou seu horrível rosto e disse:


- Sou a Indiferença.


Que fique aqui registrado que mesmo o Amor, esse sentimento tão forte, verdadeiro e profundo, também infelizmente tem seu ponto fraco.Não deixemos que esse sentimento tão frio atinja o amor,isso de pende de cada um de nós.


Autor Desconhecido

Carinho em forma de presente e postado com carinho maior

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Senhor Cazuza


Conversa com Poeta Rebelde

- Hoje você faria 50 anos.

- Faria não, faço 50 anos.
Estou vivo, e tem até pessoas lendo e escrevendo
sobre mim agora!

- Mudaria algo se pudesse voltar o tempo?

- Nada.Faria o mesmo e seria como sempre fui,
o "porra loca" que não quer o queijo nem a faca,
quer a fome!
=

quinta-feira, 3 de abril de 2008

João Carlos Martins


A prova viva de que o amor vence obstáculos e dificuldades é que
o Maestro João Carlos Martins, realiza hoje seu trabalho de beleza
e de exemplo.

Suas mãos, ferramentas de trabalho
e de realização do prazer pessoal, que é lidar com a música,
foram por várias vezes alvo de um destino ardiloso que pretendia
privar de seu amor, o contato com a música.
E não resta dúvidas de que só mesmo com muito amor se chega onde ele chegou.

Em uma partida de futebol teve um nervo da mão rompido,
após recuperação desenvolveu LER, Lesão por Esforço Repetitivos,
mais uma fase de tratamento e o maestro recupera-se,
até que, em um assalto, com um golpe na cabeça tem perda de parte
dos movimentos das mãos.
O que era um prazer passa a ser motivo de fortes dores e ele acreditou
que o destino tinha mesmo feito um bom trabalho, mas não se deu por vencido
e passou a usar os dedos que não lhe causavam tanto sofrimento ao tocar.

Seu amor pela música o leva a reger, mas impossibilitado de segurar a batuta
e de folhear as páginas das partituras, faz o incansável maestro decorar,
memorizar cada nota, e seu trabalho como maestro demonstra mais uma vez
que com amor tudo é possível.

Em uma entrevista exibida há poucos dias pela televisão
o Maestro João Carlos Martins responde emocionado
e quase sem conseguir colocar em palavras a pergunta da repórter.


- O senhor não sente falta de tocar piano?

Momento de pausa e com os olhos brilhando de emoção.

- Cada músico hoje regido por mim é uma tecla do meu piano!

Depois dessa frase fica tão pouco a ser dito.
Se é que precisa dizer mais alguma coisa.