sábado, 5 de abril de 2008

Quem matou o Amor?

Houve uma vez na estória do mundo, um dia terrível em que o Ódio,
o rei dos maus sentimentos, dos defeitos e das más virtudes convocou uma reunião
com todos seus súditos.
Todos os sentimentos escuros do mundo e os desejos mais perversos do coração humano chegara a esta reunião com muita curiosidade. Todos queriam saber qual o motivo de tanta urgência.
Quando todos já estavam lá, falou o Ódio:

- Os reuni aqui porque desejo com todas as minhas forças matar alguém.

Ninguém estranhou muito, pois era o Ódio quem estava falando e ele sempre
queria matar alguém. Mas perguntaram-se: quem seria tão difícil matar que
o Ódio necessitaria da ajuda de todos.

- Quero matar o “Amor” ! disse o Ódio.

Muitos sorriram com maldade, pois mais de um ali tinha a mesma vontade.
O primeiro voluntário foi o Mau Caráter:

- Eu irei e podem ter certeza que em um ano o Amor terá morrido.
Provocarei tal discórdia e raiva que não vai suportar.

Depois de um ano se reuniram outra vez e ao escutar o relato do Mau Caráter ficaram decepcionados.

- Eu sinto muito. Bem que tentei de tudo, mas cada vez que eu semeava a discórdia,
o Amor superava e seguia seu caminho.

Foi erntão que, muito rapidamente, ofereceu-se a Ambição para executar a tarefa.
Fazendo alarde de seu poder disse:

- Já que Mal Caráter fracassou, irei eu.
Desviarei a atenção do Amor, com o desejo por riqueza e pelo poder.
Isso ele nunca irá ignorar.

E começou a Ambição o ataque contra sua vítima.
Efetivamente, o Amor caiu ferido. Mas, depois de lutar arduamente,
curou-se.Renunciou a todo desejo exagerado de poder e triunfo.

Furioso com o novo fracasso, o Ódio enviou o Ciúmes.
Estes bufões perversos inventaram todo tipo de artimanhas e situações para confundir o Amor. Machucaram-no com dúvidas e suspeitas infundadas.
Porém, mesmo confuso, o Amor chorou e pensou que não queria morrer.
Com valentia e força se impôs sobre eles e os venceu.

Ano após ano, o Ódio seguiu em sua luta, enviando a Frieza, o Egoísmo, a Pobreza, a Enfermidade e muitos outros. Todos fracassavam sempre.
O Ódio convencido de que o Amor era invencível, disse isso aos demais:

- Nada pudemos fazer. O Amor suportou tudo. Levamos muitos anos insistindo e não conseguimos.
De repente de um cantinho do auditório se levantou um sentimento pouco conhecido e que se vestia todo de preto. Com um chapéu gigante, ele mantinha o rosto coberto. Seu aspecto era fúnebre como o da Morte.

- Eu matarei o Amor – disse com segurança.

Todos se perguntavam quem era esse pretensioso que sozinho,
pretendia fazer o que nenhum deles havia conseguido.

O Ódio ordenou:


- Vá e faça.

Havia passado pouco tempo, quando o Ódio voltou a convocar a todos para comunicar que finalmente o Amor havia morrido.
Todos estavam felizes mas também surpresos. E o sentimento do chapéu preto falou:


- Aqui eu os entrego o Amor totalmente morto.

E sem dizer mais palavra, encaminhou-se para a saída.

- Espera! – determinou o Ódio, dizendo:


- Em tão pouco tempo você o eliminou completamente, deixando-o desesperado e por isso mesmo não fez o menor esforço para viver! Quem é você afinal???


O sentimento pela primeira vez levantou seu horrível rosto e disse:


- Sou a Indiferença.


Que fique aqui registrado que mesmo o Amor, esse sentimento tão forte, verdadeiro e profundo, também infelizmente tem seu ponto fraco.Não deixemos que esse sentimento tão frio atinja o amor,isso de pende de cada um de nós.


Autor Desconhecido

Carinho em forma de presente e postado com carinho maior

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