quinta-feira, 3 de julho de 2008

Sentença: culpada!


Chegou de mansinho, fazendo carinho.

Me fez princesa, musa, senhora dos seus domínios.

Me fez confidências, pediu clemência, falou demências

Me relatou muitas mazelas.

Eu, tal como donzela me enchi de apego, fui perdendo o medo

E o pouco sossego do coração agoniado.

E quando me vi, dei por mim

Já estava cativa, perdida, maldita

Enredada, prisioneira dessa armadilha.

O caçador era poeta, não! era um cão!

Socorro ! !

Ladrão de mim, fui roubada!

Por que diabos não ouvi minha avó, pergunto.

Por que não pedi guarda, proteção?

Ou pus no seguro e fiz caução?

Azar do meu coração, foi vítima acidental

De reincidente amor descomunal!





Autor Desconhecido

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