quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Que Tudo Seja Doce


Então, que seja doce.

Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol

ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce.

Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono

ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar,

feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte:

que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.

Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce,

talvez não saiba responder.

Tudo é tão vago como se fosse nada.


Caio F. Abreu

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