terça-feira, 2 de setembro de 2008

Prazer


De sílabas de letras de fonemas
Se faz à escrita. Não se faz um verso.
Tem de correr no corpo dos poema
Ao sangue das artérias do universo.

Cada palavra há-de ser um grito.
Um murmúrio um gemido uma erecção
Que transporte do humano ao infinito
A dor o fogo a flor a vibração.

A Poesia é de mel ou de cicuta?
Quando um Poeta se interroga e escuta
Ouve ternura luta espanto ou espasmo?

Ouve como quiser seja o que fôr
Fazer poemas é escrever amor
E poesia o que tem de ser é orgasmo.

Ary dos Santos

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