quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Porque nem tudo é obrigação




Num muito de obrigação

Um pouco de Poesia



Fecho os olhos para ver com nitidez
=
o passado embaçado pela vida
=
e assim eu ouço: “era uma vez”
=
e relembro minha história preferida...


A voz de minha mãe é tão marcante

que o encanto da história é preservado:

a mesma história é sempre emocionante,

tem sempre algo ainda não notado!


A pobre Rapunzel apaixonada

ganhou da minha mãe um lindo pente:

se estava das tranças enjoada,

fazia um penteado diferente!


E o príncipe, pra Rapunzel, antes de vê-la,

escolhia uma linda lembrancinha:

uma bala-puxa ou uma estrela,

um anel de “ciranda, cirandinha"

=

E voltando, eu percebo que o início

da minha alfabetização está nesse ponto:

a leitura pra mim tornou-se um vício,

desde a overdose desse conto!


Viajei intensamente com a heroína

que mamãe do seu livro libertou...

Nem sei dizer, pois era tão menina,

se foi ela ou mamãe que me ensinou!!!





Íris Galvão

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