domingo, 26 de julho de 2009

Homem X Natureza

Paineira é uma árvore ornamental, podendo chegar até 20 metros de altura.
De tronco largo, suas folhas são compostas palmadas, e caem na época da floração.
Suas flores são grandes, com pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas.
Essa espécie produz um fruto verde, que, quando maduro, rebenta as sementes envoltas em fibras finas e brancas, que é chamada Paina.
A Paina é uma fibra fina e sedosa, mas pouco resistente, não sendo muito aproveitada na confecção de tecidos, mas mais como preenchimento de travesseiros e brinquedos de pelúcia.
Uma grande Paineira pode deixar um tapete branco de Paina caída aos seus pés no final da época de frutificação. Para completar a beleza existe os Periquitos, que também ajudam a deixar o ar carregado de plumas. Eles, aos poucos, desfiam a Paina até encontrar seu alimento, a semente. Mesmo que para isso seja necessário deixar só a casca da fruta.

Bonito? Sim, causa um efeito lindíssimo.
As avenidas de Goiânia, no cerrado brasileiro nessa época do ano, ficam enfeitadas, mas, não agrada à todos os moradores, já que este é um período seco e a fibra solta pelo ar causa além da beleza, problemas respiratório e para os olhos. Sendo elas tão finas entram nos olhos, nariz e boca.

O pedido de alguns moradores para que seja feita o corte dessas árvores é constante, alegando o transtorno e o incômodo causado pela sua vibra e a sujeira nas ruas. A lei de proteção manacial garante que essa florida árvore se mantenha, mas o que não há é a conscientização por parte de algumas pessoas que por mais incômodo que essa árvore possa causar nesse curto périodo de floração, o benefício que ela traz durante todo o ano é muito, mas muito maior.

Já imaginou se todas as espécies se unissem para dar fim a espécie que mais tenta por cabo a todas as outras? Com certeza eu não teria escrito esse texto e nem você estaria lendo agora.

1 comentário:

Adoro Natureza disse...

Mas um dia eles sempre acabam dando um retorno em resposta ao nosso comportamento maluco. Adorei o texto.