Mergulhada de cabeça em um mundo que não havia verdade, apenas ilusão, estive perto do que não sabia. Porém, nada dura uma eternidade, a não ser enquanto dure. E senti falta da verdade. Verdade que amadurece e fica escandalosamente doce quando o dia amanhece. E que alimenta para todo sempre.
Estive em um mundo azul de cor falsa, que mentia para distrair e, mal ou nem percebia que, mentir amor é enganar a si próprio. O falso azul foi-se desbotando e lembrei do mundo verdadeiro, ao menos para mim, onde o céu não tem estrelas a base de conta gotas. Não, lá o céu é feito de enxuradas delas. Estrelas que não existem apenas para enfeitar, e não se pintam de lindas cores apenas para seduzir, lá estão e com elas posso conversar. E foi numa dessas noites de lindas conversas que uma delas veio me contar que estava ali para reacender o coração de quem de azul falso havia cansado, e que se permitisse poderia voltar a ter o Criador todas as noites em meu sono e sonhos, banhando de graça os meus pensamentos verdadeiros.