sexta-feira, 30 de março de 2007

(...)
no espelho de uma delicada tristeza
que os meus olhos refletem:
vê-me?
vê-me como eu sou?
vê-me como algo que se descobre
na acrobacia da imagem?
Na sensual tranquilidade da palavra
o poeta tenta uma arriscada ordem
e entre a fábula e a reportagem
simula mentir
para atingir
a superior verdade


Ana Hatherly

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