sábado, 26 de maio de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Carta de Intenções
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Las Cartas de Amor
Las cartas de amor, mi amor
Son en el fondo, ridículas,
Las cartas de amor, cuando hay amor,
Son siempre ridículas.
Porque los que se aman, si en verdad se aman,
Dicen y escriben cosas ridículas,
Porque el amor, el amor verdadero,
Te hace pensar en forma ridícula
Y te convierte finalmente en una persona ridícula
Pero quién alguna vez no ha sido ridículo?
Quién no ha dicho te amo, te adoro, mi cielo, mi sol
Y ha suplicado hasta el ridículo.
Plebeyo, o señor, sabio o bruto,
en cuestiones de amor son todos ridículos
Sólo los que nunca han amado,
los que nunca han creído
Se han salvado de gestos ridículos,
Los que por miedo al ridículo dicen que el amor es algo ridículo
Y viven así en su mundo ridículo,
Todos juntos, sin ningún amor,
Atrapados entre objetos y proyectos ridículos,
hablando de sus triunfos ridículos
Haciendo discursos ridículos, comportándose de un modo ridículo
Vanagloriándose de su machismo ridículo
Ridiculizando el amor con argumentos ridículos.
Pero el amor es sabio no es tonto,
Nunca anida en pensamientos ridículos,
Vuela por sobre sus ideales ridículos
Y se posa únicamente en corazones ridículos
Como el tuyo y el mío, que no se cansan nunca de hacer el ridículo.
O amor é analfabeto
Desde criança, me proponho desafios. Superstições. Teria que correr mais do que o carro para conseguir uma namorada. Caso o pião permanecesse três minutos de pé, passaria de ano na escola. Se acertasse o papel no lixo, eu me transformaria num jogador de futebol. Se a porta estivesse fechada na segunda tranca, receberia um convite para um novo emprego. Se ela olhar ao lado, é que devo insistir com a conversa. Se o telefone tocar quando atravessar na frente daquela casa, é que terei sucesso. Queria provas. Passava todo o dia trancado em mim, conferindo se haveria coincidência entre o que fantasiava e as reações externas. Da janela do trem, da janela do carro, da janela do ônibus, da janela da casa, fazia palavras cruzadas gigantes entre as árvores e a chuva, contando as letras, contando os olhos, contando com a boca a distância de um relâmpago de sua queda. Fui formando convicções a partir de disputas secretas, de apostas que ninguém entenderia, extremamente gratuitas e somente plenas de sentido para uma carência que buscava me livrar.
Transferi a mania de resultados para o relacionamento. Pareço assim um mendigo ansiando algo com o estardalhaço de um milagre. Mas o milagre é imperceptível. Nem faz barulho. Ele abre a porta, não arromba. Qualquer um pode abrir a porta, o milagre tem a mesma energia de uma mão na maçaneta. O milagre é humano. O milagre não usa Deus. O homem usa - infelizmente - Deus. O milagre não emprega nada mais do que a nossa própria força.
O milagre é não condicionar o amor a um entendimento. A uma cerca. A um endereço. Dominar o amor é extingui-lo. Dominar o amor é não compreendê-lo.
O amor é contraditório, não compare as frases, não esprema o suco do que é semente. Não pressione quem você ama com perguntas, esperando que ele responda o que já formulou. Você não está amando, está testando. É repetir o jogo infantil da confirmação de sua expectativa. O amor não nos confirma; na maioria das vezes, nos nega. O amor não termina, desistimos dele. O fim do amor é nossa desistência.
Eu me importo mais com as provas do que com os desejos. Examinando, suspeitando, avaliando o que não é perfeito. Tentando domar com a clareza, assumir o controle do que é destinado a não ter direção. Eliminando os erros com o corretor ortográfico para não chegar à verdade da minha insuficiência. Não aceito ser por mim, fico querendo me resolver por fora.
De tanto que pedi sinais a Deus, eu deixei de me ler. Deus não concede sinais. Deus é analfabeto. Não precisa ler para entender, entende antes da leitura. Ele escuta o que pensamos. Escuta até o que deixamos de pensar. Nós é que precisamos escrever para provar que existimos e ler para ter uma segunda chance.
Deus nos deu o amor para sermos analfabetos e errar a linha.
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Amor não se pede
De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo.
Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer.
Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump.
Chorar, se desse resultado,
Ei, será que você pode me abraçar como se estivéssemos
Não, você não pode dizer isso.
Ei, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme
Definitivamente, não, melhor não.
Amor não se pede, é uma pena.
É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira.
É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha.
Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos.
Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar e dizer:
Ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?
Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei.
Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto.
Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta.
Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa
em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar.
Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia.
Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer:
Ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta.
Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem.
É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais,
são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele,
são tristes as noites que cumprem a promessa.
É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado,
aquele cheiro que acalma a busca.
Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida.
É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito.
Tanto amor querendo fazer alguém feliz.
Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado.
É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra
comprar, substituir, esquecer, implorar.
É triste lembrar como eu ria com ele.
Mas amor, você sabe, amor não se pede.
Amor se declara: sabe de uma coisa?
Ele sabe, ele sabe.
Acaso
sábado, 19 de maio de 2007
A Flor Eleita
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Música para o Coração
http://www.claudiamidis.net/midis3/GalCosta_RuasDeOutono.mid
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Fernando Pessoa e seus Heterônimos
Nascido em Lisboa, no dia 13 de junho de 1888.
“I know not what tomorrow will bring” ou
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Saint Exupéry
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Estar sozinho
Estar sozinho é engraçado, louco, angustiante, libertário e triste,
tal qual estar com alguém.
No entanto, estar sozinho é absolutamente o oposto de estar com alguém.
Estar sozinho é fechar as mãos no nada quando se atravessa a rua correndo e não se tem uma mão para segurar.
É acordar sem saber o que será do dia porque planejar sozinho dá preguiça
A vida simplesmente acontece para quem está sozinho, às vezes sem que a gente perceba, pois é mais fácil ter noção de si mesmo através de outra pessoa.
É o doce que substitui mal e amargamente o sexo.
Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um.
E você torce para que aconteça com a sua melhor amiga, ou com aquele homem que você gostaria de experimentar como uma pílula para a sua solidão.
Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido.
É conferir a caixa de e-mails com uma freqüência que beira a compulsão.
É chorar do nada. É acordar do nada. É morrer de medo do nada que fica no estômago.
Estar sozinho é uma coisa física, ou melhor, é a falta dela.
Você se sente oco por dentro, por isso aquele respiro profundo de lamentação.
Quando chove, venta, escurece, e você está sozinho, você lembra de Deus
e do quanto é pequeno.
Estar sozinho é detestar ficar em casa.
Ficar em casa sozinho, quando se está sozinho, é muita solidão.
É estar pronta para algo novo e não agüentar mais dias iguais.
É ocupar a vida dos outros com reclamações, lamentações, dúvidas e carências.
Resumindo:
estar sozinho é triste, enche o saco dos outros e deve fazer mal para a saúde.
Os teus pés
Júlio Cortazar
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domingo, 13 de maio de 2007
sábado, 12 de maio de 2007
O Amor e seu Tempo
Carlos Drummond de Andrade
O Amor Maduro
Arthur da Távola
quinta-feira, 10 de maio de 2007
terça-feira, 8 de maio de 2007
Amaral Nascimento
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segunda-feira, 7 de maio de 2007
domingo, 6 de maio de 2007
Órion e Artemis
Na manhã seguinte andando pela praia viu seu amado morto, e reconheceu a flecha.
Incorformada pediu a seu pai (Zeus) que o colocasse no céu para que todas as noites pudesse olhar o amado.
Essa é uma das versões .
Em outra Órion teria sido morto por um escorpião.
Pra muitos enviado por Apolo, para outros,
A morte por uma picada de escorpião é a mais aceita,
já que ao lado da Constelação de Órion há um escorpião.
Hoje, se olhar para o céu basta localizar "As três Marias",
que fazem parte do cinturão de Órion.
Mais acima duas outras estrelas marcam os ombros
e mais abaixo
uma o joelho e outra o pé de Órion.
Espatódea
sábado, 5 de maio de 2007
sexta-feira, 4 de maio de 2007
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Vem
quarta-feira, 2 de maio de 2007
A Mulher de Libra
Se você gosta de mulheres que adoram conversar sobre qualquer assunto, e parecem nunca saber a hora de parar e mesmo falando por horas está longe de ser momentos de chatice, então acaba de encontrar a outra metade da laranja!