sábado, 11 de agosto de 2007

Escrevo-te cartas que nunca irás receber

=a morada desaparece

sempre que tentamos encontrar

não uma porta, mas uma casa inteira.

desligo tudo dentro deste quarto.

ouço, incompleto, com a janela

entre aberta ao fresco da noite

cada pequeno ruído,

como se fosse um código para nos entendermos.


Ruy Ventura