quarta-feira, 31 de outubro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
domingo, 28 de outubro de 2007
Ás vezes, penso que um relógio não deveria ter ponteiros
Deveria ter pernas
Quem sabe o tempo andasse mais depressa
Mas, às vezes, penso que um relógio não deve mesmo ter pernas
Deveria ser réptil!
Quem sabe se arrastasse com menos pressa
No final das contas, penso que o tempo deveria mesmo
É ser menos egoísta e deixar de pensar só em si mesmo.
Porque tem horas que ele tem certeza que é o coelho de Alice
E, em outras,
O danado cisma que é Caymmi.
=
André Gonçalves
Hoje não estou aberta a explicações, nem minhas, nem de ninguém.
O dia foi consagrado às sensações e impulsos, não à racionalização.
Hoje o que importa é intuir, não planejar; sentir, não pensar.
Contente me abandono aos braços do dia e ele me recebe
misto de mãe e berço, útero a céu aberto.
Sem mais perguntas, ele me leva para passear.
(...)
só hoje não ofereceria resistência
e ele encontraria o povo nas ruas
=
lhe estendendo as mãos cheias de flores.
Patricia Antoniete
sábado, 27 de outubro de 2007
Terceira à esquerda. Segunda à direita. Segue em frente.
=Passa pelo orelhão.
=
Quando vir um sorriso à sua direita, você dobra.
Quatro quarteirões. Olha pra cima.
Se tiver uma nuvem, você espera ela passar.
Se não tiver, entra depressa. Uma porta branca.
Estreita, tem de se esforçar um pouco. Aí, só subir a escada.
Mil, novecentos e vinte e sete degraus. Aí chega no trampolim.
Abra os braços,
=
pra se equilibrar bem, que um tombo agora pode ser fatal!
Lá embaixo, uma piscina. Vermelha.
=
Vermelha porquê? Ué, porque sim, ora!
A água é quentinha, vai gostar. Mais divertido se pular de cabeça.
Respira fundo antes, que leva um tempo pra você voltar à tona!
Mas volta. Aí, umas braçadas. É preciso fôlego...
Vai nadar aí por um bom tempo.
Mas é gostoso, a água quentinha não te deixa ficar dolorido.
Não, não tem fundo, não dá pra descansar.
=
Faz o seguinte: de vez em quando você bóia.
=
Põe a barriga pra cima e bóia. Igual criança.
Se o céu estiver escuro, pode ir se preparando.
=
Vai precisar ter força.
Mas passa. Não dá pra se afogar, só assusta um pouco.
=
Continua nadando.
Só duas possibilidades de chegada: abismo ou praia.
Se chegar na praia, melhor. É um lugar bonito.
Relaxante. Tomara que seja.
Se for abismo, vai doer. Mas passa.
Dependendo do peso da sua alma,
=
você vai cair por alguns minutos, algumas horas.
Tem gente que cai por anos.
=
Dizem por aí que tem gente que nunca mais pára de cair.
Mas é lenda. É, não chega a ser perigoso, assim, perigooooooooso...
Mas assusta. Tá, é perigoso, sim... Mas e o que não é?
Depois? Ah, sei lá... Você vai decidir.
O que eu sei é que você vai ter vontade de começar tudo de novo.
Vai, segue em frente. Sem medo. Bota um sorriso na cara e vai.
Anda! Vai!
Boa sorte.
Qualquer coisa, liga. Tchau.
André Gonçalves
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Em caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa
Coma somente a cereja
Jogue para cima, faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra apenas, viva apenas
Sendo só fissura, ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena, reze um terço
Caia fora do contexto, invente seu endereço
A cada milágrimas sai um milagre
Itamar Assumpção
sábado, 13 de outubro de 2007
À La Claire Fontaine
Na fonte límpida
Fui passear
A água era tão linda
Que resolvi me banhar
Vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Sob um carvalho
Enquanto eu me secava
No galho mais alto
Um Rouxinol cantava
Vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Cante, Rouxinol, cante!
Seu coração quer sorrir
O meu quer chorar
Que está fazendo?
Vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Perdi o meu amor
Sem merecer
Por um buquê de rosas
Que eu lhe neguei
Vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Eu queria que a rosa
Ainda estivesse no galho
E que meu amor
Ainda gostasse de mim
Eu vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Não vou te esquecer assim
Desconheço o autor
Fui passear
A água era tão linda
Que resolvi me banhar
Vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Sob um carvalho
Enquanto eu me secava
No galho mais alto
Um Rouxinol cantava
Vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Cante, Rouxinol, cante!
Seu coração quer sorrir
O meu quer chorar
Que está fazendo?
Vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Perdi o meu amor
Sem merecer
Por um buquê de rosas
Que eu lhe neguei
Vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Eu queria que a rosa
Ainda estivesse no galho
E que meu amor
Ainda gostasse de mim
Eu vou te amar eternamente
Jamais te esquecerei
Não vou te esquecer assim
Desconheço o autor
sábado, 6 de outubro de 2007
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Lá vai o sol, tão raivoso e tão primeiro,
Firmando-se orgulhoso pela rua,
Lembrando de esquecer daquela lua
Que nem lua foi pra ele por inteiro.
Lá vai a lua se fazendo rancorosa,
Minguando às vistas em se saber vazia,
Sem se dar o perdão que merecia,
Perdendo de poesia a sua prosa.
No caminho de esquecer-se se lembrando,
O olhar dele um trapézio machucado,
O olhar dela um deserto abandonado
Por amores que perdeu antes buscando:
E se perdem um do outro ao se perderem
No perdão que a si não dão por mais sofrerem.
Ana Paula Manga
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Naquela Mesa
http://www.nossosite2.biz/AntigosSucessos/NelsonGoncalves/Naquela_Mesa.mid
=
Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim.
Letra de Sérgio Bittencourt
homenagem a seu pai
Jacob do Bandolim
Era uma vez...
Uma garotinha de roupa colorida,
que de tristeza pensava que a cor já não trazia mais alegria.
Passeando pela estrada afora,
avistou Sorriso correndo com medo da Lágrima Tristonha.
Sorriso esbarrou na garotinha que sentia dor de tristeza,
=
e cairam no chão.
Lágrima Tristonha em vez de aproveitar e maltratar Sorriso,
se condoeu com a garotinha.
Olharam-se por um longo tempo as três...
Sairam de mãos dadas, Sorriso e Lágrima Tristonha,
cantando caminho afora.
Garotinha ficou sem dor...
Sorriso olhou para trás,
Lágrima Tristonha em vez de aproveitar e maltratar Sorriso,
se condoeu com a garotinha.
Olharam-se por um longo tempo as três...
Sairam de mãos dadas, Sorriso e Lágrima Tristonha,
cantando caminho afora.
Garotinha ficou sem dor...
Sorriso olhou para trás,
=
ainda de mãozinhas dadas com Lágrima Tristonha
e sorriu feliz para a garotinha.
Garotinha da roupa colorida e Sorriso ficaram amigas
e vira e mexe colhem flores coloridas no Bosque da Saudade...
e sorriu feliz para a garotinha.
Garotinha da roupa colorida e Sorriso ficaram amigas
e vira e mexe colhem flores coloridas no Bosque da Saudade...
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