domingo, 14 de junho de 2009

Até passar


Deitada, sem abrir os olhos ficou imaginando tudo o que teria que fazer em seu dia.

A cada visão se encolhia entre os lençóis, porque em cada visão vinha junto a lembrança da ausência. Fosse qual fosse suas atividades ele não estaria mais.

Tentava mudar a ordem da rotina, mas o que não mudava era a lembrança.

Virou de lado na cama, tão lenta como se quisesse fazer a lembrança dormir, mas, essa não estava e nem pensavam em adormecer.
Desperta e como quem quer se vingar, com o dedo firme próximo aos seus olhos fechados, teimava em lembrá-la que agora ele não mais estava ali.

E quando teve coragem de abrir os olhos percebeu que o dia tinha se ido e a noite chegara mansa e silenciosa.
E no silêncio, mais alta era a voz da lembrança.

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