domingo, 14 de junho de 2009

Só palavras


E, de repente, a minha poesia não queria falar mais sobre nada disso.

Minha poesia queria ser uma carta anônima, um silêncio, uma brincadeira.

Minha poesia não queria ser nada além de uma frase jogada

Do mais íntimo de uma iluminação sobre um determinado assunto.

Porque, no final das contas, o que escrevo nem é poesia

É prosa, é carta, é desabafo, é qualquer coisa.

É um bilhete manuscrito pregado no espelho só pra desejar

"Bom Dia!"



Marla de Queiroz

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