terça-feira, 11 de julho de 2006

Sem sede

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas às urgentes perguntas que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim, já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto o nosso amor durou. Mas o tempo passou, há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada. Ouvir de novo a tua voz seria matar a sede com água salgada.
Miguel Torga

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