domingo, 16 de julho de 2006

Filhos...

...porque somos...
podemos caminhar sobre as águas, como barcos,
sujeitos às intempéries do mar e vento,
ainda que haja alguém ao leme.
Podemos escavar como toupeiras,
cegos ao que nos leva o prosseguir no túnel,
ainda que tal nos conduza, ou não a algum lugar.
Podemos agir como aviões de papel
lançados à brisa por uma criança,
ainda que o capricho do acaso não seja único.
Porque somos...
podemos rir do que dói,
não querer saber nem perguntar se vale
ainda que o tempo vá passando.
Podemos sonhar com o perto e próximo.
Almejar o distante e inatingível,
ainda que o norte mude de lugar...
Podemos decidir se sim, não, talvez ou depois.
Investigando na alma os anseios e os desejos,
ainda que façamos diferente do que parecia previsível.
Porque somos...
e o poder de mudanças em nós é tal,
que o desafio se torna testar os limites e perguntar,
ainda que as respostas tardem ou nunca cheguem...
Simplesmente
porque somos.
Autor Desconhecido

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