terça-feira, 20 de maio de 2008

Clarice Lispector


Mas nem sempre é necessário tornar-se forte.

Temos que respeitar a nossa fraqueza.

Então, são lágrimas suaves,

de uma tristeza legítima à qual temos direito.

Elas correm devagar

e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado,

límpido, produto de nossa dor mais profunda.

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