sábado, 16 de agosto de 2008

Momento


Nenhum sopro de ausência.

Só a paixão

Suave de um sol íntimo

No seu ninho verde e alaranjado.

Simplicidade de substância volátil,

Desejo no seu silêncio,

Luxo indolente, frescura de vértebras solares.

Intimidade perfeita

E que demora numa cândida estância.

Tudo se tornou interno neste espaço interior,

Na delícia extrema de um sossego de folhas.

O que era fugaz converteu-se em tempo enamorado

E em tranquila doçura de hábitos.



António Ramos Rosa

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