terça-feira, 28 de outubro de 2008

Iguais


Abria os braços e tinha o tamanho exato da praia

Fechava os olhos e era da mesma matéria que o mar

Sentia na veia a fúria da água salgada

Na beira da praia

A menina



Na beira da praia

A mulher

Que busca os mesmos sonhos de criança

E que sente ao afundar os pés na areia

Que nada mudou

E que pertenço a ele

E ele é todo meu

1 comentário:

Anónimo disse...

ComKissTar!

Com os olhos molhados
A imagem distorcida,
Tão confusa e distante
Como a frase não dita
Entre gritos e sonhos.

Não enxergava
O que se fazia,
Não escutava
O que se queria,
Mas sentia...
Todo seu corpo,
Sentidos e desejos,
Sentia!

Escorria pela face
Chegando à boca
Com gosto de mar.
Lágrima de saudade,
De ausência...

De costas pra essa gente
E de frente pro silêncio,
O grito não ecoava,
Mas também não se ouvia,
Só se sentia...

Os carinhos do vento,
Os caminhos do tempo,
A imagem e a frase,
Esquecidos...
Naquele momento
Vivido, sentido... efêmero.

Todos contra a razão,
Escrito na areia
Que a água apaga,
E tatuado no coração
Onde a lágrima eterniza...
Teu nome!