sábado, 14 de fevereiro de 2009

Gonzaguinha - Feliz

Essa música que toca do Gonzaguinha, não foi escolhida ao acaso.

O amor seja qual for o rumo que tomar sempre vale à pena,
é assim que a entendo e assim que acredito.
O amor tem a capacidade de acrescentar, ele traz generosidade, traz brilho.Traz sensações que mexem com o interno e externo, o arrepio na pele, o gelo por dentro, mas muito mais que isso
o amor traz perspectiva . Na paixão essa perspectiva é muito individual, envolve só o casal, já no amor há a vontade que a felicidade seja para todos , porque se todos estiverem bem a possibilidade do mundo ser doce ao ser amado é maior, e o amor gera isso, proteção.
A falta desse sentimento talvez seja o causador de um mundo de tantas deficiências e de tantos excessos.
Deficiência de generosidade, de complacência, de presença, de tempo.
As pessoas se olham mas nao se vêem.Falam mas não se ouvem.
Excesso de solidão, de individualismo, excesso de dor, sangue, lágrimas.
Ferem acreditando que no outro a sensibilidade à dor é menor, ou, simplesmente não existe.

As estrelas estão todas as noites no céu, mas não são para elas que se olham. São raras as pessoas que se dão ao prazer de encantar-se olhando para o céu por pelo menos 10 minutos, mas passam horas procurando dor, sangue, sofrimento.

O trabalho com crianças tem me passado a sensação de que muitas delas nem sabem que estrelas não estão só nos desenhos dos livros ou no teto do "Cantinho de Contos", mas que existem logo ali. Isso porque não há a prática de exemplo de pais para filhos de olharem para o alto de forma a contemplar o que a Natureza nos dá.
Amor também é isso, é dar aos pequenos a oportunidade de conhecer e ver o belo.
E se os pequenos tiverem oportunidade de ver estrelas, mais músicas como "Feliz de Gonzaguinha" serão escritas, cantadas e o amor será mencionado como o sentimento maior, o sentimento que acrescenta e jamais tira.

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