domingo, 28 de novembro de 2010

Das noites


Direis ouvir estrelas

Decerto perdeste o senso

E eu vos direi, no entanto

Que para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto

Enquanto conversamos

Cintila a via láctea

Como um pátio aberto

E, ao vir do sol

Saudoso e em pranto

Inda as procuro pelo céu deserto

O que conversas com elas?

O que dizem quando estão contigo?

Ah! amai para entendê-las

Pois só quem ama pode ouvir estrelas



Olavo Bilac

2 comentários:

vinicius bento disse...

Ternura (Vinicius de Moraes)



Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.

vinicius bento disse...

Sei exatamente o que você quis dizer... Sofro pelo medo alheio, mas um dia isso tudo passa e, enquanto isso, cultivo o meu amor, sozinho, esperando por àquela que o receberá, ao merecê-lo.

Bom, eu te mandei uma msg, mas não sei se chegou...
Vou me expor (mais uma vez): o conteúdo da msg era o meu e-mail do msn... Caso queira conversar, deixo aqui mesmo, sem medo.

MSN - psico_drops@hotmail.com



Beijos no seu coração, assim, em forma de palavras, lançadas ao vento na esperança de uma delas encontre sua face e seu coração.