sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Anônimo

Tão confusa e distante
Como a frase não dita
Entre gritos e sonhos.
= Não enxergava
O que se fazia,
Não escutava
O que se queria,
Mas sentia...
Todo seu corpo,
Sentidos e desejos,
Sentia!
= Escorria pela face
Chegando à boca
Com gosto de mar.
Lágrima de saudade,
De ausência...
De costas pra essa gente
E de frente pro silêncio,
O grito não ecoava,
Mas também não se ouvia,
Só se sentia...
= Os carinhos do vento,
Os caminhos do tempo,
A imagem e a frase,
Esquecidos...
Naquele momento
Vivido, sentido... efêmero.
= Todos contra a razão,
Escrito na areia
Que a água apaga,
E tatuado no coração
Onde a lágrima eterniza...
Teu nome!
=

terça-feira, 28 de outubro de 2008
Iguais

Fechava os olhos e era da mesma matéria que o mar
Sentia na veia a fúria da água salgada
Na beira da praia
A menina
Na beira da praia
A mulher
Que busca os mesmos sonhos de criança
E que sente ao afundar os pés na areia
Que nada mudou
E que pertenço a ele
E ele é todo meu
domingo, 26 de outubro de 2008
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Ciranda do Amor
Mariza Alencastro
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Conversa
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Procura-se um Amor
sábado, 18 de outubro de 2008
Sem estrelas
- Queixou-se a flor ao céu do amanhecer
O qual tinha perdido todas as suas estrelas
Tagore
Presente

Carinho repassado aos amigos:
Museu anos 80.
NimbyPolis.
Sr. Personna.
Kiss with Apple.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Dia mundial da "menina com nome de beijo"

Existem rosas e rosas, mas essa aí em cima é a única que tem o poder de mexer comigo toda vez que vejo.
Na falta de uma musa, duvido muito da existência dos poetas. Continue como você é... essa poesia em forma feminina. Toda a felicidade do mundo pra você, Kiss.
domingo, 12 de outubro de 2008
Em Primavera
Enfeite-se com margaridas e ternuras
E escove a alma com flores
Com leves fricções de esperança
De alma escovada e coração acelerado
Saia do quintal de si mesmo
E descubra o próprio jardim
Carlos Drummond de Andrade
Meu...
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O seu homem seja o Sol.
O meu quero-o nuvem.
Há mulheres que falam
Na voz do seu homem.
O meu que seja calado e eu,
Nele, guarde meus silêncios.
Para ser a minha voz quando
Deus me pedir contas.
No resto, que tenha medo
E me deixe ser mulher,
Mesmo que nem sempre sua.
Que ele seja homem em breves doses
Que exista em marés, no simples
Ciclo das águas e dos ventos.
As suas mãos as quero firmes
Quando me despir.
Mas ainda mais quero
Que ele me saiba vestir.
Como se eu mesma me vestisse
E ele fosse a mão da vaidade.
Mia Couto
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Mentiras Desnecessárias

Com a paz da verdade contida na tranqüilidade
É certo que o há mentiras diárias nas relações de encontros
Mentiras de ontem, mentiras de hoje e mentiras que existirão
Por vício, por vaidade, por carência ou fraqueza
=
Ou até por um pouco de cada
Por tudo ou por tão pouco
Mentiras não conseguem correr e chegar à frente sempre
Mentiras são presas nuas
Aprecio a verdade que traz conforto
E acima de tudo
O caminhar tranqüilo a cada manhã que desperta
Regina Romeiro
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Poesia
Chorar nos ombros da alegria
Eternizar um mínimo instante
Fábio Rochaem
Sonho
Quando apenas queria dormir em ti
E sonho-te
Quando ansiava ser um sonho teu
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Antigamente
Antigamente ela era minha mãe
Antigamente eu era a filha mais querida
Antigamente eu vivia de verdade
Agora estou aqui, tão só
Coberta pelo pó
Ela dizia que não ia me esquecer
Que eu sentia como senti um bebê
Me defendia quando me tratavam mal
E até brigava com quem zombava de mim
E agora vai me dar
Só ocupo lugar
Trocava minha fralda mais de vinte vezes
Me desbotei de tanto ela me dar banho
Passava em mim um vidro inteiro de perfume
Depois me maquiava como sua mãe
E agora estou com tanto medo
Voltar ser um brinquedo
Música para criança
de todas as idades
Tente entender, minha pequena
Você vai morar sempre dentro do meu coração
Você pra mim é bem mais que um brinquedo
Você é quem sabe todos os meus segredos
Mesmo que eu nunca brinque contigo
como há alguns anos atrás
Até que eu tento mais já não consigo
pois me distraio demais
É que eu cresci
Não sei por quê
Não vou fingir
Você tem que entender
Nem percebi quando tudo perdeu sua graça
Tantas histórias parecem que foram apagadas
Mas eu não vou ser como aquelas crianças
que para crescer joga fora a infância
Eu já avisei toda a minha família que você eu nunca vou dar
Você vai ser filha da minha filha
depois que eu me casar
Não vai demorar
Você vai ver
É só esperar
Tenta entender
Mas que bobinha boneca de estimação
Você vai morar sempre dentro do meu coração
domingo, 5 de outubro de 2008
Quando de ti, amor
Não foi senão o encontro eterno
Que nenhuma imagem jamais separará
Louca
De ferro
De aço
De louça
E quebro à toa
Maria Carmem Barbosa
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Porque nem tudo é obrigação

Um pouco de Poesia

A voz de minha mãe é tão marcante
que o encanto da história é preservado:
a mesma história é sempre emocionante,
tem sempre algo ainda não notado!
A pobre Rapunzel apaixonada
ganhou da minha mãe um lindo pente:
se estava das tranças enjoada,
fazia um penteado diferente!
E o príncipe, pra Rapunzel, antes de vê-la,
escolhia uma linda lembrancinha:
uma bala-puxa ou uma estrela,
um anel de “ciranda, cirandinha"
=
E voltando, eu percebo que o início
da minha alfabetização está nesse ponto:
a leitura pra mim tornou-se um vício,
desde a overdose desse conto!
Viajei intensamente com a heroína
que mamãe do seu livro libertou...
Nem sei dizer, pois era tão menina,
se foi ela ou mamãe que me ensinou!!!

Íris Galvão